Como é feito o monitoramento da água subterrânea em áreas contaminadas?

O monitoramento de água subterrânea em áreas contaminadas é um processo técnico e essencial para a avaliação da extensão, do tipo e do comportamento da contaminação. Este processo é fundamental para a tomada de decisões sobre remediação e para a proteção da saúde pública e do meio ambiente. A informação fornecida é precisa e abrange os pontos chave do monitoramento, que seguem rigorosos protocolos estabelecidos por órgãos reguladores como a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) no Brasil.

Etapas do Monitoramento

O processo de monitoramento de água subterrânea em áreas contaminadas é geralmente composto pelas seguintes etapas interligadas:

1. Instalação de Poços de Monitoramento (Piezômetros)

A instalação de poços de monitoramento, também conhecidos como piezômetros, é a etapa inicial e crucial. Esses poços são perfurados em locais estratégicos e em diferentes profundidades dentro e ao redor da área contaminada. A localização e profundidade são definidas com base em estudos hidrogeológicos prévios, que buscam compreender a direção do fluxo da água subterrânea e a distribuição esperada dos contaminantes. Os piezômetros são construídos com materiais inertes que não reagem com os contaminantes e possuem filtros em níveis específicos para coletar amostras representativas dos aquíferos.

2. Amostragem de Água

A amostragem de água é realizada periodicamente, seguindo uma frequência definida pelos órgãos ambientais. Para garantir a representatividade da amostra, são utilizadas bombas de amostragem específicas para água subterrânea. Existem diversos tipos de bombas (por exemplo, bombas de baixa vazão, bombas peristálticas, bombas pneumáticas) que são escolhidas de acordo com as características do contaminante e a profundidade do poço. Antes da coleta da amostra, geralmente é feita uma purga do poço, ou seja, a remoção de um volume de água estagnada para garantir que a amostra coletada represente a água que está fluindo no aquífero.

3. Medição de Parâmetros em Campo

Durante a amostragem, diversos parâmetros físico-químicos são medidos diretamente no campo, usando sondas multiparâmetros. Essas medições fornecem informações importantes sobre as condições da água subterrânea no momento da coleta e auxiliam na interpretação dos resultados laboratoriais. Os parâmetros comumente medidos incluem:

  • pH: Indica a acidez ou alcalinidade da água, influenciando a mobilidade de alguns contaminantes.
  • Temperatura: Afeta a solubilidade e a volatilidade dos contaminantes.
  • Condutividade Elétrica: Fornece uma indicação da quantidade total de sólidos dissolvidos na água.
  • Oxigênio Dissolvido (OD): Importante para avaliar as condições de degradação aeróbica ou anaeróbica dos contaminantes.
  • Potencial Redox (ORP - Potencial de Oxi-Redução): Indica o potencial de ocorrência de reações de oxidação e redução na água, relevantes para a transformação de alguns contaminantes.

Além desses, medidores de interface óleo/água são cruciais para identificar a presença de fase livre de contaminantes (por exemplo, gasolina, óleo diesel) flutuando sobre a água. Medidores de nível da água são utilizados para determinar a profundidade do lençol freático, essencial para o cálculo da direção do fluxo e do gradiente hidráulico. Detectores portáteis de gases e VOCs (Compostos Orgânicos Voláteis), como os citados pela GeoAcqua, são valiosos para uma caracterização rápida e qualitativa da presença de vapores de contaminantes no solo e no ar do subsuperfície, auxiliando na delimitação da pluma

4. Coleta de Amostras para Análise Laboratorial

Após as medições em campo, as amostras são coletadas em frascos específicos, preservadas adequadamente e encaminhadas para laboratórios especializados. Nesses laboratórios, são realizadas análises detalhadas para identificar e quantificar os contaminantes específicos presentes na água subterrânea. Os tipos de contaminantes analisados dependem da fonte da contaminação e podem incluir:

  • Metais Pesados: Chumbo, mercúrio, cromo, arsênio, etc.
  • Hidrocarbonetos: BTEX (Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno, Xilenos), TPH (Total Petroleum Hydrocarbons), etc., provenientes de derivados de petróleo.
  • Solventes Orgânicos Voláteis: Tricloroetileno (TCE), tetracloroetileno (PCE), dicloroeteno, etc.
  • Pesticidas e Herbicidas: Em áreas agrícolas.
  • Outros Compostos Orgânicos e Inorgânicos: Dependendo da atividade potencialmente contaminadora.

Importância do Monitoramento Contínuo

O monitoramento não é um evento único, mas um processo contínuo e sistemático. Os dados coletados ao longo do tempo permitem:

  • Avaliar a dispersão da pluma de contaminação: Entender como os contaminantes estão se movendo e para onde.
  • Determinar a eficácia das medidas de remediação: Verificar se as ações de limpeza estão funcionando.
  • Identificar novos pontos de contaminação: Prevenir a propagação.
  • Atender às exigências legais e regulatórias: Garantir a conformidade com as leis ambientais.

A GeoAcqua oferece para locação equipamentos como os mencionados (bombas de amostragem, medidores de interface, níveis d’água, sondas multiparâmetros, medidores de turbidez e detectores portáteis de gases e VOCs), fundamentais para realizar as diversas etapas desse processo complexo e tecnicamente exigente.

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